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As observaçőes indicam que o universo tem curvatura espacial nula, expande aceleradamente, e é composto por cerca de 30% de matéria (bárions + matéria escura) e 70% de energia escura, uma componente relativística de pressăo negativa. No entanto, para explicar a riqueza de estruturas observadas na escala de galáxias e aglomerados de galáxias, é necessário considerar a evoluçăo de pequenas perturbaçőes de densidade sob açăo da gravidade; esse processo de formaçăo de estruturas foi pioneiramente descrito por Press e Schechter (PS) em 1974, através da funçăo de massa dos aglomerados de galáxias. O formalismo PS pressupőe uma distribuiçăo gaussiana para o campo primordial das perturbaçőes de densidade. Além de um sério problema de normalizaçăo, tal abordagem năo explica os atuais dados de raios-X dos aglomerados, e está em desacordo com as modernas simulaçőes computacionais e indícios observacionais de uma năo-gaussianidade primordial na Radiaçăo Cósmica de Fundo. Iniciamos entăo um vasto estudo teórico de formaçăo de estruturas, a partir de um campo primordial năo-gaussiano, e mostramos que a năo-gaussianidade proporciona melhores ajustes ŕs observaçőes do Universo.